8º CBCi reforça importância do setor e preocupação com agenda ambiental
Com recorde de público, evento promovido pela ABCP e pelo SNIC reuniu mais de 300 participantes na solenidade de abertura em São Paulo
O 8º Congresso Brasileiro do Cimento – CBCi, principal evento das cadeias de valor do cimento e produtiva da construção, teve início nesta segunda-feira (6) com a presença dos principais especialistas internacionais, autoridades e lideranças empresariais de setores integrados à cadeia produtiva da construção, no Renaissance São Paulo.
O evento foi aberto com pronunciamento do presidente da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), Paulo Camillo Penna. Em seu discurso, o dirigente destacou o momento especial da indústria brasileira de cimento, que completará seu primeiro século de existência. “Temos orgulho de nossa trajetória, mas ao mesmo tempo a clareza de nossa responsabilidade pelo futuro. Por isso, estamos aqui hoje tratando de temas que são urgentes para a cadeia de valor do cimento e da construção, o crescimento sustentável e os novos caminhos da indústria”, enfatizou o dirigente.
Em sua fala, o presidente reforçou ainda sobre o forte poder de encadeamento econômico da indústria do comento. “Ela contribui para a evolução da economia, ampliação do emprego e acumulação de riqueza nas regiões. Porém, mais do que isso, ela gera bem-estar social. O parque industrial cimenteiro no Brasil possui 93 plantas, sendo 54 unidades integradas e 39 moagens, presentes em 82 municípios e em todas regiões do País. A cadeia produtiva do cimento é responsável por cerca de 75 mil empregos, dos quais 18 mil diretos, e pela geração de uma renda de 29 bilhões de reais ao ano, além de uma arrecadação líquida anual de mais de 3 bilhões de reais em impostos”, destacou o presidente.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABCP/SNIC e CEO da Cimento Nacional, José Eduardo Ramos, o CBCi ocorre em um momento muito especial para a indústria global de cimento, rumo à jornada net zero. “A indústria brasileira já tem uma posição muito importante e pioneira nesse contexto, mas ainda com grandes desafios a serem enfrentados, como políticas de financiamento e novas tecnologias, para atingir cada vez menos emissões. Nesse sentido, o Congresso inova ao trazer para o mesmo palco indústria, fornecedores e autoridades para debater temas como legislações, apoio governamental e principalmente regulamentação para podermos avançar na agenda de marcado de carbono”, disse o executivo.
Já o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, destacou o cenário favorável para a indústria brasileira do cimento, com a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Marco do Saneamento. “São instrumentos para desenvolver a economia brasileira e por consequência o setor. O cimento une os desejos da população brasileira por moradia, infraestrutura e saneamento e tem sido vanguarda no sentido de promover a descarbonização, com um cimento verde que poderá alcançar a emissão zero em 2050, em função de todas as políticas que vem sendo desenvolvidas pelo setor”, enfatizou o secretário.
A vice-presidente de Habitação da Caixa Econômica Federal, Inês Magalhães, evidenciou a preocupação do governo federal com a agenda ambiental. “Não existe plano B para o planeta nos tempos das mudanças climáticas, o desafio do século. Portanto, a agenda que será debatida sobre descarbonização e transição energética é de fundamental importância”, disse.
Em seu pronunciamento, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Josué Gomes, destacou o papel da indústria do cimento para “contribuir com o déficit de habitação e infraestrutura brasileiro”.
A agenda de descarbonização do setor foi destacada pelo secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de São Paulo, Vahan Agopyan. “A indústria do cimento no Brasil e em todo o mundo entendeu que ao focar na agenda ambiental poderia tornar seu insumo mais competitivo dentro da cadeia produtiva da construção civil.”
O secretário municipal de Infraestrutura Urbana e Obras da cidade de São Paulo, Marcos Monteiro, reforçou a parceria da indústria com o município. “A Prefeitura tem buscado alinhamento com os setores produtivos e a agenda ESG e com as ODS da ONU. A gente fica muito feliz em ver que a indústria do cimento, que é um setor tão pujante da economia, também está nessa direção”.
Na sequência, o CBCi contou na abertura oficial com o conferencista internacional e sócio da On Field Investment Research (Londres), Arnaud Pinatel, sobre “Tendências mundiais e seus impactos na construção e no cimento”.
A solenidade de abertura do 8º Congresso Brasileiro do Cimento foi encerrada com coquetel servido no lounge e com exposição paralela ao congresso.
A programação completa do Congresso Brasileiro de Concreto está disponível no site https://congressocimento.com.br
SERVIÇO
8º Congresso Brasileiro de Cimento Portland – CBCi
Data: 6 a 8 de novembro de 2023
Local: Renaissance São Paulo Hotel
Endereço: Alameda Santos, 2233 – Jardim Paulista, São Paulo