Concrete Show 2019
Feira começa com expectativa de crescimento para a construção
Começou nesta quarta-feira (14/8) a 12ª edição do Concrete Show South America, ponto de encontro das cadeias construtivas globais do cimento e do concreto. Realizada pela primeira vez pela Informa Markets, o que levou a feira a integrar o World of Concrete, a feira é tradição em soluções e inovações para o mercado da construção. Esta edição traz mais de 350 marcas expositoras de mais de 50 segmentos diferentes e deve reunir cerca de 18.500 pessoas nos três dias de atividades.
O evento acontece em meio a indicativos claros de retomada da atividade na construção civil, setor que representa 6,2% do PIB nacional e 7,3% da mão de obra. De acordo com projeção divulgada pelo Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a expectativa para este ano é de que o PIB da construção civil brasileira cresça 2,0%.
As vendas de cimento, um dos principais insumos desse mercado, voltaram a crescer no Brasil. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), em abril deste ano 4,4 milhões de toneladas do produto foram comercializadas no país, um aumento de 0,2% em relação ao mesmo mês de 2018. No acumulado de janeiro a abril, a alta é ainda maior, totalizando 17 milhões de toneladas, um acréscimo de 0,9% sobre o mesmo período do ano anterior.
Na cerimônia de abertura do Concrete Show, o presidente da Informa Markets, Marco Basso, ressaltou o desejo da organizadora em investir no setor de infraestrutura. “Esse mercado sofreu muito nos últimos anos, mas tem uma demanda latente e isso me deixa positivo nos rumos que a construção vem tomando. Por isso aproveitem a feira, é um excelente ambiente para fechar negócios, buscar inovação e capacitação”, disse.
Presente à abertura do evento, o presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna, ressaltou a preocupação da indústria cimenteira com os recursos sustentáveis. Lembrou que o Brasil foi o segundo país do mundo a implementar o Mapeamento Tecnológico do Cimento, sobre a mitigação das emissões de CO2 no processo de fabricação do produto até 2050. Enquanto o setor cimenteiro responde por 7% das emissões de CO2 no mundo, o Brasil tem um percentual de apenas 2,6%, um dos menores a nível global. O setor também adota, em substituição a combustíveis fósseis nos fornos de cimento, o uso de combustíveis alternativos, feitos, por exemplo, por biomassa, resíduos industriais, pneus inservíveis, lodos de saneamento, entre outros.
Durante a abertura, Paulo Camillo firmou junto à Escola Politécnica e a Agência USP de Inovação um termo de cooperação técnica para estudar, elaborar e promover a inovação na cadeia produtiva da construção (saiba mais).
A ABCP também participou do evento com uma série de seminários. São eles:
- Seminário Industrialização da Construção Civil: Integração da Indústria com a Construtora – 14.08 – 14h
- Seminário Soluções para Cidades: Ruas do Futuro – 15.08 – 14h
- Seminário Mitigação da Pegada de Carbono na Cadeia do Concreto. A Contribuição da Indústria Brasileira do Cimento para a Construção Sustentável – 16.08 – 08 h
- Seminário Sistema Construtivo Paredes de Concreto – 16.08 – 08h
- Seminário Estradas de Concreto: Uma Escolha Inteligente e Sustentável – 16.08 – 14h
Fonte: Concrete Show