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13/11/2020IMPRENSA, Noticias, São Paulo

Concrete Show Xperience termina com 23 horas de conteúdo

O Concrete Show Xperience, realizado virtualmente entre 10 a 12 de novembro de 2020, encerrou uma programação exclusiva de mais de 23 horas de conteúdos técnicos, totalizando 24 painéis com a participação de mais de 40 profissionais do setor e dois keynotes speakers internacionais. A experiência on-line foi um sucesso ao atingir o seu objetivo principal, de manter aquecido o mercado da construção e oferecer conhecimento aos profissionais ligados às empresas de sistemas para construção civil, construtoras, empreiteiras e de toda a cadeia do cimento e concreto.

O Concrete Show Xperience, principal evento digital da cadeia produtiva do cimento e do concreto, trouxe 5 macrotemas na grade de conteúdo: Mega Tendências do Concreto, Desafios do Concreto, Gestão e Produtividade, Norma Brasileira, Boas Práticas de Engenharia. A ABCP participou do evento com seis palestras:

  • O Exército no Pavimento de Concreto da BR-101 NE: lições aprendidas
  • Viabilidade técnica e econômica de pavimento de concreto
  • Parede de concreto e NBR 16055: entendendo nuances e detalhes
  • Reabilitação da Av. Vitória com pavimentos de concreto
  • Uso de impressoras 3D para concreto: novidades e tendências
  • Concreto têxtil e a revolução do concreto armado

DESTAQUES DO ÚLTIMO DIA

Pisos industriais

A utilização de pisos industriais de concreto com placas de grandes dimensões, tema do último dia do evento, foi um dos destaques. Para o diretor técnico de concreto da Associação Nacional de Pisos e Revestimentos (Anapre), Breno Macedo Faria, a solução é uma tendência no mercado e oferece vantagens competitivas às indústrias, frente a outros tipos de pisos de concreto disponíveis no mercado. “São inúmeros benefícios, entre eles podemos destacar a baixa necessidade de manutenção, tanto para o piso em si quanto para os equipamentos que nele transitam, como empilhadeiras, já que por ser um piso maior, faz com que a estrutura, depois de pronta, tenha menos juntas, resultando em um piso mais uniforme, com menor impacto nos equipamentos”, comentou.

Outra apresentação de destaque coube aos irmãos Alexandre e Carlos Britez, que abordaram o tema “Manifestações patológicas e boas práticas da construção: tudo o que você precisa saber”. O assunto está diretamente ligado às boas práticas da construção e nas regulamentações mais recentes do setor neste sentido. “Entre elas, destaque para a Norma Brasileira 16.747, uma das mais atuais, publicada neste ano”, disse Alexandre.

Revisão da NBR 6.118

O tema “normas” foi pauta da palestra do diretor adjunto de normas técnicas da Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (Abece), Alio Kimura, que tratou da revisão da NBR 6.118 (projeto de estruturas de concreto), atualizada em 2014. O atual processo de revisão é realizado por um grupo de trabalho que envolve a Abece, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Instituto Brasileiro do Concreto (Ibracon).

Segundo Kimura, o grupo recebeu em dois anos 163 sugestões de melhorias para diversos pontos do texto normativo. Destas, mais de 90 já foram analisadas e deliberadas. Entre os itens que devem sofrer modificações estão: avaliação de conformidade do projeto; estruturas de nós fixos e móveis; consideração aproximada da não linearidade física e da simbologia do comportamento do conjunto de materiais. A data limite para o recebimento de sugestões é 31 de dezembro. A revisão não deve trazer novidades de grande impacto, apenas ajustes e melhorias pontuais, mas, como ressaltou Kimura, “esta é uma norma que necessita ser revisada constantemente por tratar de um tema – projetos de estruturas de concreto – muito abrangente e em constante evolução”.

Pavimento de concreto: relação custo x benefício

Para fechar o ciclo de conteúdos exclusivos do último dia, o Concrete Show Xperience abordou aspectos da viabilidade técnica e econômica do pavimento de concreto em rodovias. O tema foi apresentado pelo diretor da Marcílio Engenharia, Marcílio Neves, e mediada pelo engenheiro ABCP Fernão Dias.

Dias destacou que o pavimento rígido tornou-se, nos últimos anos, uma solução viável e com custos competitivos de execução e manutenção. “É um sistema construtivo de alta durabilidade, que deve ser estudado e contemplado pelos órgãos públicos e concessionárias nos projetos de estradas e rodovias. O que resultaria em mais investimentos na ampliação da nossa malha rodoviária, porque o custo de manutenção seria menor”. O argumento é compartilhado por Marcílio Neves, que é especialista em projetos rodoviários em pavimento de concreto. Segundo ele, o que está viabilizando as obras com o pavimento rígido são dois fatores principais: os aumentos constantes dos preços de materiais asfálticos nos últimos cinco anos e os estudos técnicos e econômicos de alternativas. “A comparação entre os projetos de pavimento rígido (concreto), flexível (asfáltico) e o semirrígido (categoria intermediária que mescla os dois) é o único meio de estabelecer, sem dúvidas, a melhor alternativa”.

Como exemplo de sucesso de rodovia brasileira que aderiu ao pavimento de concreto, Neves mencionou os trechos da BR-163, entre os municípios Itiquira (MT) e Sinop (MT), da concessionária Rota do Oeste. Segundo ele, o pavimento rígido tem ganhado preferência nas rotas do agronegócio em razão do tráfego intenso e pesado de caminhões. Em números, o especialista apresentou uma tabela atual de um projeto de rodovia na região Sul. “No estudo, o custo do pavimento flexível ficou em R$ 520 milhões contra R$ 404 milhões do rígido. E a projeção de gastos com manutenção pelo período de 30 anos foi de R$ 281 milhões do pavimento de asfalto contra a R$ 25 milhões do pavimento em concreto”, concluiu.

Veja aqui mais informações no site do Concrete Show Xperience

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