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20/06/2013IMPRENSA, Norte/Nordeste, Noticias

Construtoras de Recife optam pela argamassa projetada para aumentar produtividade

A adoção do sistema racionalizado permite mais agilidade no revestimento das obras e reduz custos de mão de obra

A tradicional colher de pedreiro utilizada para fazer o reboco das edificações vem perdendo espaço nos canteiros de obras de Recife. Em seu lugar, surgem os equipamentos de projeção de argamassa. Essa mudança de cultura das construtoras deve-se principalmente à necessidade de se investir em tecnologia para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos empreendimentos, além de reduzir os impactos da escassez de mão de obra qualificada.

Pesquisa realizada pela E8 Inteligência, em parceria com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) e a Comunidade da Construção, aponta que há um crescimento significativo da utilização do sistema de argamassa projetada em Recife: 20% das 22 construtoras pesquisadas já adotam a tecnologia para o revestimento interno. “Com o crescimento do mercado, as construtoras elevaram suas escalas e a quantidade de empreendimentos em execução. O sistema permite que as empresas aumentem a produtividade, melhorem a qualidade e, consequentemente, a competitividade”, analisa Eduardo de Moraes, gerente da regional Nordeste da ABCP. Outra vantagem da utilização do sistema é a redução de custos de mão de obra.

A adoção da argamassa projetada industrializada tem apresentado resultados significativos. Exemplo desse ganho produtivo é a utilização do sistema pela Construtora Conic. A empresa optou pela argamassa projetada devido à escassez de mão de obra e necessidade de maior produtividade. “Hoje, a Conic utiliza argamassa projetada no revestimento externo de todas as suas obras e em 50% delas na parte interna”, diz Robson Maciel, gerente de obras imobiliárias da construtora. Além disso, a utilização do sistema também influencia o custo geral da obra, pois demanda menos mão de obra. “A produtividade da mão de obra na utilização da argamassa projetada é de duas a três vezes maior que a da projeção manual. Com isso, a qualidade do produto final aumenta e a escassez de mão de obra deixa de ser um gargalo”, explica o engenheiro.

As empresas que participaram da pesquisa apontam que os itens mais críticos para implantar um sistema construtivo são escassez de mão de obra e produtividade, fatores que são amenizados pela adoção de um sistema industrializado no revestimento de argamassa.

Mercado aquecido

A demanda pela utilização da argamassa projetada foi identificada entre as construtoras participantes da Comunidade da Construção de Recife. Por conta disso, este será um dos temas a serem trabalhados durante o 6º ciclo de atividades, que inicia em julho de 2013 e vai até dezembro de 2014.

A utilização do sistema

A aplicação mecanizada, de forma continuada, garante maior uniformidade e qualidade do revestimento, por não depender da capacidade produtiva do profissional. “Por ser um processo mecânico, a energia de lançamento da massa não sofre alterações, como no caso do popular chapar a massa, que é feito manualmente”, explica Eduardo de Moraes. Além disso, a projeção da argamassa permite que a aderência do material na superfície seja contínua, impedindo que se criem vazios decorrentes do lançamento manual. Com isso, a cobertura da argamassa se torna mais homogênea em toda a área de aplicação.

Para uma perfeita execução, a argamassa empregada deve ser dosada em conformidade com o tipo de equipamento a ser utilizado, bem como as condições de uso e de exposição. Para garantir a qualidade da aplicação é preciso realizar manutenções contínuas nos equipamentos de projeção, como a bomba e mangueira, com o intuito de evitar entupimentos e assegurar a facilidade da execução. É importante que a empresa tenha algumas peças de reposição para facilitar o manejo em caso de necessidade de reparo. Esse procedimento evita interrupções da obra e garante a produtividade.

A utilização de equipamentos adequados para projeção da argamassa industrializada é uma solução construtiva racionalizada disseminada pela Comunidade da Construção para acelerar o processo de revestimento da obra. O uso correto da argamassa projetada traz vantagens técnicas e operacionais que agilizam essa etapa da construção, garantindo o bom desempenho do material e a produtividade dos profissionais envolvidos.

Comunidade da Construção

A Comunidade da Construção é um movimento de integração da cadeia produtiva que busca aumentar o desempenho dos sistemas construtivos à base de cimento. Formada por construtoras, fabricantes de materiais, projetistas, prestadores de serviço, universidades, entidades e consultores, tem como objetivo aumentar a competitividade de mercado. Criada pela Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), a Comunidade da Construção conta com a participação de diversas entidades nacionais e locais, além de parceria com os Sinduscons – Sindicatos da Indústria da Construção Civil e Ademis nas cidades onde está presente.

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