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06/11/2019IMPRENSA, Noticias, Sul

Contribuição ambiental da indústria do cimento apresentada na Fiep

As ações, alinhadas ao Acordo de Paris, propõem redução de emissão de gases de efeito estufa (CO2) em até 33%

Apresentado ao Governo Federal em evento realizado na Confederação Nacional das Indústrias (CNI), em Brasília, no mês de abril deste ano, na presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Roadshow, iniciado em outubro passado por Belo Horizonte-MG, chega agora a Curitiba-PR. O evento será realizado em várias capitais brasileiras.

Na manhã desta quarta-feira, 06 de novembro (2019), na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a ABCP e o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) apresentaram o Roadmap Tecnológico do Cimento, um documento que traça a ambição e as diretrizes para a indústria se tornar ainda mais eficiente e sustentável. Cerca de 80 profissionais, entre autoridades, lideranças políticas, executivos e especialistas sobre o tema tomaram parte do encontro.

O evento também contou com um módulo sobre o Coprocessamento, tecnologia evolutiva, presente na indústria desde 1990, de queima de resíduos industriais e passivos ambientais em fornos de cimento, substituindo matéria-prima e, principalmente, a utilização de combustíveis fósseis não renováveis.

Na ocasião, estiveram presentes Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep, Felipe Alencar, secretário executivo de Meio Ambiente do Governo do Estado de Santa Catarina, Ivonete Coelho Chaves, diretora de Monitoramento Ambiental e Controle da Poluição do Instituto Ambiental do Paraná (IAP-PR), e executivos das principais empresas do segmento e da construção civil, que debateram, durante toda a manhã, os caminhos para um futuro sustentável do setor.

 

Sobre o Roadmap

A indústria desenvolveu o Roadmap em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), International Finance Corporation (IFC) – membro do Banco Mundial – e um seleto grupo de acadêmicos de renomadas universidades e centros de pesquisa do país, sob a coordenação técnica do professor emérito e ex-ministro José Goldemberg.

O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de CO2 da indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões em curto, médio e longo prazo.

“A indústria brasileira do cimento apresenta um dos menores índices de emissão de CO2 no mundo, por conta de ações que vêm sendo implementadas nas últimas décadas e queremos continuar liderando esse processo no futuro”, afirmou Paulo Camillo Penna, presidente da ABCP e do SNIC.

Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep, ao dar as boas-vindas aos presentes na abertura do encontro, destacou a grata surpresa de saber que a indústria brasileira do cimento é referência mundial em emissões de carbono em relação à média mundial. “Resultados como este precisam ser amplamente divulgados e valorizados. Além disso, vamos criar um comitê com a finalidade de ampliar as relações institucionais para ouvir as demandas estratégicas dos diferentes setores com vistas a alavancar ações e negócios. Certamente a indústria do cimento fará parte desse grupo”, disse Carlos Valter.

O documento na sua íntegra pode ser encontrado nos seguinte links:

https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Book-1.pdf

https://abcp.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Roadmap_Tecnologico_Cimento_Brasil_Encarte.pdf

 

O Coprocessamento

O coprocessamento, além de ser um dos pilares previstos pelo Roadmap como uma das soluções para a redução na emissão de gases de efeito estufa, se apresenta como uma alternativa viável e acessível para a destinação de resíduos sólidos urbanos em cidades próximas da indústria.

O uso de combustíveis alternativos na produção de cimento, por meio do coprocessamento, não gera novos resíduos e contribui para a preservação de recursos naturais, por substituir matérias-primas e combustíveis fósseis no processo industrial, habilitando-se como uma das soluções possíveis para a destinação correta dos resíduos sólidos urbanos, não atendida por cerca de 3.350 municípios brasileiros, em claro conflito com a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Além disto, trata-se de um processo existente e consolidado mundialmente, gerando ganhos sociais, econômicos e ambientais – a tríade do conceito de sustentabilidade – para os envolvidos em toda a cadeia de coleta e descarte de resíduos.

Mais recentemente, a tecnologia tem sido a solução para o destino do óleo recolhido nas praias do Nordeste brasileiro, como tem sido amplamente divulgado.

Nesta semana foi lançado o Panorama do Coprocessamento 2019 que atualiza os dados e indicadores da atividade na indústria brasileira do cimento. O documento, como ebook, pode ser acessado pelo link http://bps.com.br/abcp/panorama/2019/ e para download do caderno pelo link https://coprocessamento.org.br/wp-content/uploads/2019/11/Panoramaco_processamento_2019_bx.pdf

 
 

Paulo Camillo, presidente da ABCP/SNIC

Carlos Valter Martins Pedro, presidente da Fiep, e Paulo Camillo, presidente da ABCP e SNIC

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