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11/09/2010Banco de pautas, IMPRENSA

Coordenação modular racionaliza processos construtivos

É comum, durante uma obra, que uma porta ou uma janela não encaixe no espaço destinado a ela, o que gera desperdício de material e custos. No entanto, a solução para esse problema existe há mais de trinta anos e denomina-se coordenação modular.

A ideia central é permitir que os sistemas e componentes tenham medidas padronizadas de forma industrial e façam parte do mesmo projeto. Com isso, a construção se torna mais racionalizada e com alto índice de produtividade.

O Brasil é um dos pioneiros na aprovação da norma de coordenação modular decimétrica (módulo de 10 cm), a NB-25R, em 1950. Atualmente, o tema volta a fazer parte da discussão de construtoras e projetistas devido à necessidade de aumento de produtividade aliada à redução de custos. Outro fato que determina a retomada desse sistema é que cada vez mais os empreendimentos imobiliários apresentam plantas flexíveis para atender a demanda do mercado.

Mario William Esper, gerente de Relações Institucionais e responsável pela área de Normalização e Assuntos Estratégicos da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), afirma que o sistema modular possibilita a criação de métodos de execução e padronização de detalhes. “Além disso, contribui para o controle da produção no momento em que usa técnicas pré-definidas, diminui problemas de interface entre os componentes, elementos e subsistemas, e reduz desperdícios e erros de mão de obra.”

O engenheiro diz que a amarração entre as paredes, por exemplo, pode ser obtida com maior facilidade se o uso do bloco proporcional substituir blocos de dimensões distintas. Ele destaca também que nas edificações em alvenaria estrutural é importante ter a definição da sequência de técnicas para a execução dos subsistemas. “Com a coordenação modular, o controle de execução é mais efetivo, inclusive com redução de patologias”.

Em São Luiz do Paraitinga, município paulista, a construção de casas em concreto PVC para a população de baixa renda é um exemplo de aplicação do sistema de coordenação modular. “Como este sistema de paredes monolíticas é formado por perfis leves de PVC, possibilita um encaixe simples e rápido dos módulos, preenchidos com concreto e aço estrutural. Neste modelo, os painéis de PVC atuam como fôrma, confinando o concreto que constitui a edificação sem precisar sobrepor blocos”, explica Esper.

Sobre a ABCP – A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é uma entidade sem fins lucrativos que, há mais de 70 anos, promove estudos sobre o cimento e suas aplicações. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em pesquisas sobre cimento, a ABCP também atua no desenvolvimento de tecnologias sobre concreto e mantém uma equipe de profissionais, como arquitetos, engenheiros, geólogos e químicos, à disposição do mercado para consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Entre as atividades desenvolvidas nestes 70 anos, a Associação destaca-se pelas pesquisas que envolvem o uso do concreto em grandes obras, bem como pelo aperfeiçoamento técnico transmitido por meio de cursos ministrados para universitários, com apoio de construtoras e empresas do setor.

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