Corredores de ônibus – Por que pavimento de concreto?
O intenso crescimento das grandes cidades leva os administradores públicos de encontro ao problema da mobilidade urbana, que não pode mais ser resolvida individualmente pelo próprio usuário, tornando assim indispensável à adoção de sistemas de transporte coletivo, adequados técnica, e economicamente, às necessidades das cidades e dos usuários. Nesse quadro, os corredores de ônibus tem papel preponderante pela sua economicidade e ajuste ao traçado urbano.
A separação de veículos coletivos dos particulares, joga para a faixa onde os ônibus trafegam, uma enorme carga destrutiva, originada tanto no peso dos veículos, quanto pelo volume de viagens , além das operações de aceleração e frenagem a que estão submetidos.Altas temperaturas , curvas acentuadas e subidas íngremes e intempéries, também são fatores fundamentais para a destruição dos pavimentos urbanos.
Estas condições destrutivas de trabalho a que estão submetidos os corredores urbanos de transporte coletivo, exigem pavimentos que apresentem custo competitivo , longa vida, e necessidade mínima de manutenção, pois não será possível interromper a pista com freqüência para ficar “tapando buracos”.
Desse modo, o Pavimento de Concreto se apresenta como a alternativa mais adequada para este fim porque proporciona melhores condições de segurança, reduzindo as distâncias de frenagem, não cria condições de aquaplanagem por ser texturizado na própria execução, além de reduzir a temperatura do ambiente onde ele está aplicado e reduzir iluminação pública e conseqüentemente o consumo de energia devido sua cor clara.
O Pavimento de Concreto tem antiga história no Brasil , com durabilidade superior a 50 anos, como pode-se ver em Brasília , por exemplo, no “Buraco do Tatu, e na Avenida L2, sob Eixo Monumental.Os pavimentos hoje em execução usam equipamentos de grande produtividade, e com juntas de dilatação serradas , que garantem uma condição de conforto de rolamento excelente.
Também se apresenta muito adequado para rodovias, portos e aeroportos, onde o tráfego de veículos pesados é intenso. O custo de construção chega a ser mais barato que o asfalto em muitas situações, principalmente por exigir menor número de camadas de base e sub-base. Uma obra dessa natureza faz uso de insumos de origem nacional, protege o meio-ambiente e, vale mencionar, apresenta enormes vantagens na manutenção e operação das vias, que chegam a dobrar os custos ao longo de sua vida útil, considerada em projeto de 20 anos para o concreto e 10 anos para o asfalto.
Este sistema construtivo pode ser visto hoje na obra da Linha Verde – EPTG em Brasília, nos principais corredores de ônibus de São Paulo , Curitiba , Porto Alegre e Recife, alem das grandes obras da BR101-NE e Rodoanel de São Paulo entre outras. Nas obras estruturantes do transporte coletivo para a Copa de 2014, o Pavimento de Concreto certamente será a melhor solução.