Indústria da construção: crescimento com emprego e investimento
Estagnado, setor pode alavancar a economia e neutralizar avanço do desemprego
A indústria da construção é um dos setores mais importantes da economia brasileira, com influência direta na geração de riquezas – sua cadeia produtiva é formada por construtoras e incorporadoras; fabricantes e comerciantes de materiais, máquinas e equipamentos; fornecedores de serviços técnicos especializados; consultorias de projetos, engenharia e arquitetura. Grande geradora de emprego formal e renda, responde por mais de 50% do investimento no Brasil e exerce importante papel social não apenas trazendo para o mercado de trabalho estrato da população menos escolarizado e qualificado; mas também contribuindo para a prestaçāo de serviços em diversos setores. Em meio à uma crise econômica que combina forte retração no crédito para empresas e redução significativa da renda das famílias, entre outros aspectos, a indústria da construção tem enfrentado perdas continuadas, tornando-se o único setor da indústria que não acompanhou os recentes sinais de reação da economia. Estimulada, pode alavancar um ciclo de crescimento mais robusto da economia.
Dados oficiais de 2016 registram que a cadeia produtiva da construção:
- Representa 7,3% do PIB nacional
- Emprega 11,6 milhões de pessoas
- Desembolsou R$ 200,8 bilhões com a remuneração de trabalhadores
- Registrou valor adicionado da ordem de R$ 460 bilhões
- Gerou R$ 112,5 bilhões em impostos e taxas naquele ano
Preocupado com o cenário de paralisia que afeta o setor e compromete a sobrevivência de suas empresas, um grupo de 26 entidades uniu-se na Coalizão pela Construção, coletivo que atua conjuntamente na defesa institucional da agenda estratégica da construção, estabelecendo diálogo com diversos atores em torno de temas de interesse comum. Com o avanço do calendário eleitoral, e a iminente alternância de poder a partir de janeiro de 2019, tais entidades levarão a agenda estratégica do setor, que dialoga diretamente com a agenda do país, para evento com os candidatos à Presidência da República. Marcado para 06/08, das 09h às 17h, em Brasília, o encontro O FUTURO DO BRASIL NA VISÃO DOS PRESIDENCIÁVEIS 2018 será a oportunidade de conhecer as ideias e propostas dos candidatos para o Brasil e para o setor.
Integram a Coalizão pela Construção:
- Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM);
- Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto (ABCIC);
- Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (ABCON);
- Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP);
- Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural (ABECE);
- Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER);
- Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (ABILUX);
- Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos (ABIMAQ);
- Associação da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMCI);
- Associação Brasileira da Indústria Materiais de Construção (ABRAMAT);
- Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (ABRAVIDRO);
- Associação Nacional de Fabricantes de Esquadrias de Alumínio (AFEAL);
- Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO);
- Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres (ANFACER);
- Associação Nacional da Indústria Cerâmica (ANICER);
- Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA);
- Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA);
- Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC);
- Associação Brasileira do Drywall (Drywall);
- Federação Nacional dos Pequenos Construtores (FENAPC);
- Instituto Aço Brasil;
- Instituto de Engenharia de São Paulo;
- Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC);
- Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (SINICON);
- Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva (SINAENCO);
- Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (SINTRACON-SP).
INVESTIMENTO E EMPREGO
A agenda estratégica da indústria da construção, exposta em documento enviado aos presidenciáveis, apresenta temas e propõe medidas para reverter a retração do setor e fomentar seu potencial gerador de riquezas. A âncora dessa pauta é a retomada do investimento, com foco na infraestrutura, na habitação e no mercado imobiliário, e na geração de empregos. Dirigentes e empresários do setor avaliam que o próximo ciclo da economia não será estimulado pelo consumo das famílias, mas sim pelo investimento, tendo a geração de novos postos de trabalho como efeito direto da execução de obras e novos empreendimentos.
Para isso, é preciso melhorar o ambiente de negócios brasileiro, restabelecendo a segurança jurídica; retirar as amarras do crédito para financiamento de empresas e projetos; adotar práticas que garantam a livre concorrência e a participação de um maior número de empresas nos projetos; e apostar na qualificação do atendimento à população, com ações como a revitalização de centros urbanos e outros. As empresas da indústria da construção estão conscientes da incapacidade do poder público para liderar a recuperação do investimento e preparadas para assumir projetos nos diversos segmentos na infraestrutura, com ênfase nas modalidades de concessões e parcerias público-privadas (PPPs), da habitação e mercado imobiliário; e nos demais setores em que a construção é parceira e parte integrante da geração de riqueza. Após mais de uma década em que aprofundou sua modernização, seja nos seus processos produtivos ou na governança de suas empresas, a indústria da construção está pronta para contribuir com o novo ciclo de crescimento sustentado do Brasil.
Para mais informações:
Ana Rita de Holanda
Assessora de Comunicação da CBIC
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