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10/12/2024IMPRENSA

Indústria do cimento avança na agenda da descarbonização, transição energética e inovações tecnológicas

Em um ano marcado por eventos climáticos extremos, com chuvas intensas no Sul, seca no Centro-Oeste e Norte e queimadas em todo o País, a busca por soluções sustentáveis que contribuam para a mitigação das mudanças climáticas e transição para a economia de baixo carbono nunca foram tão urgentes. Nesse sentido, a indústria brasileira do cimento seguiu avançando ao longo de 2024 como uma das referências mundiais em baixa emissão de CO2, com resultados expressivos em todas as frentes.

Na agenda ambiental, o setor foi protagonista na condução de debates importantes no âmbito federal para o estabelecimento de metas setoriais de descarbonização, a serem incorporadas ao Plano Clima, e a aprovação do mercado de carbono no País, que cria regras para as emissões de gases de efeito estufa, com ativa participação da indústria do cimento.

Em um momento em que a crise climática se aprofunda, é preciso avançar em todas as frentes para eliminar ou mitigar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Oferecer soluções tecnológicas de forma orientada para o futuro requer ações inovadoras, engajamento ativo e colaboração de muitos atores. Minimizar o descarte de resíduos em aterros é crucial, visto que esses locais desempenham um papel significativo nas emissões de GEE e na contaminação do solo, e podem gerar custos onerosos por muitos anos.

Para minimizar o impacto ambiental, o setor contribuiu de forma efetiva para a economia circular, transformando o problema dos resíduos em solução, reincorporando-os em seu processo produtivo, seja como fonte energética ou como substitutos de matéria-prima, tecnologia essa conhecida como coprocessamento.

A atividade é responsável pela transição energética, ao substituir o combustível fóssil por resíduo industrial, comercial, doméstico e biomassas. O coprocessamento alcançou, em 2022, 30% de participação na matriz energética do setor, antecipando a meta prevista para 2025.

Esta iniciativa é uma das inúmeras que estão em andamento e que têm como diretriz o Roadmap Tecnológico do Cimento, lançado em 2019 de forma pioneira entre os segmentos industriais brasileiros, para orientar a descarbonização da indústria por meio de uma série de alternativas de redução de CO2.

Na pauta de infraestrutura, o setor cimenteiro apoiou os municípios brasileiros no desenvolvimento das áreas de mobilidade urbana, saneamento, espaços públicos e habitação, promovendo o uso de soluções à base de cimento para o desenvolvimento urbano. O concreto pavimentou algumas das principais rodovias do Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste.

Em referência à Habitação, a expansão do programa Minha Casa, Minha Vida abriu oportunidades para os sistemas construtivos que utilizam alvenaria estrutural com blocos de concreto, estes produzidos em fábricas estabelecidas e com Selo da Qualidade ABCP, ou paredes de concreto moldadas no local da obra. As vantagens desta última solução, que reduz custos, evita desperdícios, integra processos e acelera a construção dos conjuntos habitacionais em todo o País, foi reconhecida por inúmeras construtoras nacionais.

Na agenda da inovação, o huBIC, acordo de cooperação entre ABCP, SNIC e a USP para operação do primeiro espaço cooperativo de inovação e construção digital de base industrial do Brasil, apresentou evoluções no Laboratório de Impressão 3D e na adesão de novas empresas ao ambiente digital.

O ABCP Lab realizou inúmeras análises para toda a cadeia da construção, atendendo desde empresas fabricantes de cimento até o mercado consumidor, ratificando uma vez mais a condição de referência técnica na normalização do cimento, concreto e sistemas construtivos à base de cimento comercializados no País. Foi também protagonista no desenvolvimento, revisão e implementação de normas técnicas que promovem a qualidade e a durabilidade das estruturas, assim como o bom desempenho e o uso racional do cimento.

Sem esquecer de mencionar todo o esforço empenhado na agenda de Capacitação, já que a escassez de mão de obra qualificada é apontada como um dos principais desafios enfrentados pela construção civil, em 2024 a ABCP seguiu comprometida em promover conhecimento sobre o produto e suas aplicações, por meio de cursos, treinamentos e palestras, não só para empresas e seus profissionais, mas também para técnicos e universitários do setor.

Para coroar todo esse trabalho, a indústria está promovendo um dos mais importantes eventos da cadeia de valor do cimento: o 9º CBCi – Congresso Brasileiro do Cimento, que vem acompanhado, pela primeira vez, da Exposição Internacional do Cimento – EXPOCIMENTO 2025, ambos marcados para o período de 30 de junho a 2 de julho de 2025, no Golden Hall WTC, em São Paulo.

Todos os resultados obtidos em 2024 só foram possíveis graças ao incansável trabalho e dedicação de todos os colaboradores, integrantes do Conselho Diretor e parceiros que não mediram esforços para superar as adversidades vividas em 2024 e trabalharam fortemente para posicionar a indústria brasileira do cimento como um dos principais motores do desenvolvimento socioeconômico e sustentável do País.

Boas festas!

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