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07/12/2023IMPRENSA, Noticias, São Paulo

Indústria do cimento contribuirá para destinação sustentável do lixo na região metropolitana de Belo Horizonte

Os principais representantes da cadeia produtiva do cimento estiveram reunidos nesta terça-feira (5) com autoridades do poder público local, estadual, especialistas internacionais e governo federal, para apresentação do programa de cooperação regional Euroclima+, que tem como objetivo promover o desenvolvimento ambientalmente sustentável e resiliente na América Latina.

O encontro, realizado no Hotel San Diego Veredas Sete Lagoas, no município de Sete Lagoas, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi organizado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), empresa federal alemã que atua na cooperação técnica com diversos países e regiões geográficas.

Por meio do Programa Euroclima+, a GIZ coordena a implementação da ação no Brasil, visando apoiar a transformação sustentável do setor industrial brasileiro. A iniciativa tem apoio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), do Governo de Minas Gerais, do Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC) e da ABCP.

Durante o encontro, buscou-se estabelecer uma estratégia de desenvolvimento sustentável inspirada nos princípios do “Acordo Verde” da União Europeia, com foco na criação de mecanismos e uma nova rota tecnológica para o tratamento e valorização de resíduos urbanos domésticos.

O objetivo deste trabalho é priorizar a reciclagem com inclusão, fortalecendo a atuação das cooperativas de catadores da região metropolitana de Belo Horizonte, contribuindo para um maior reaproveitamento dos resíduos, resultando na redução consequente das emissões de gases de efeito estufa (GEE).

“Essa abordagem não apenas assegurará plena conformidade com as normativas estabelecidas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010 e o Novo Marco do Saneamento, publicado em 2020, mas também desempenhará um papel significativo na redução das emissões de carbono na indústria do cimento brasileira até 2050. Além disso, fortalecerá a cooperação necessária entre os setores público e privado, buscando soluções mutuamente benéficas”, afirmou o presidente da ABCP e do SNIC, Paulo Camillo Penna.

A iniciativa visa estabelecer diretrizes para a viabilidade desse processo, estimulando a produção de combustíveis alternativos e sua destinação por meio da tecnologia de coprocessamento de resíduos em linha com a economia circular. “A ação ocorre em um local particularmente propício para a concretização de seus objetivos, devido à presença de uma indústria cimenteira robusta na área”, destacou o gerente de Coprocessamento da ABCP, Daniel Mattos. Para tanto, o projeto envolverá a colaboração de quatro fábricas de cimento estrategicamente localizadas em Sete Lagoas, Matozinhos, Pedro Leopoldo e Vespasiano e envolverá três fases de implantação.

Coprocessamento avança na indústria cimenteira

O coprocessamento, atividade responsável pela transição energética na indústria do cimento, atingiu sua melhor marca em 2022, desde o início das medições. Foram 3,035 milhões de toneladas de resíduos coprocessados, sendo 2,856 milhões de toneladas de combustíveis alternativos e biomassas e 179 mil toneladas de matérias-primas alternativas. Ao todo foram cerca 2,9 milhões de toneladas de CO2 evitados no período. É o que revela o Panorama do Coprocessamento 2023 (ano base 2022), divulgado em novembro pela ABCP durante o 8º Congresso Brasileiro do Cimento (CBCi), em São Paulo.

A atividade alcançou 30% de participação na matriz energética – antecipando a meta prevista para 2026. Já são 25,813 milhões de toneladas de resíduos coprocessados nos fornos de cimento de 1999 a 2022, volume que deixou de ser destinado a aterros e foi transformado em energia ou ainda que substituiu matérias-primas utilizadas pela indústria do cimento, preservando os recursos naturais em linha com a circularidade.

Com o coprocessamento, o setor mantém seu compromisso e segue atuando na redução das emissões de CO2, com o uso de diversos tipos de resíduos em substituição ao coque de petróleo, combustível fóssil mais utilizado no processo de fabricação de cimento.

Inúmeros são os exemplos de resíduos coprocessados pela indústria do cimento, como: pneus usados; resíduos da agroindústria (como palha de arroz, casca de babaçu e caroço de açaí) e mais recentemente os resíduos sólidos urbanos – lixo doméstico, na sua fração não reciclável. Só em pneus inservíveis foram coprocessados 340 mil toneladas em 2022, o que corresponde a cerca de 68 milhões de pneus.

 

Informações para Imprensa

Celso de Souza (11) 99193-1593 – celso.souza@fsb.com.br
Daniela Nogueira (11) 96606-4960 – daniela.nogueira@fsb.com.br

 
 

Alaim De Paula – Consultor que está desenvolvendo o projeto pela GIZ

Coordenadora de Projetos Euroclima+ – GIZ

Daniel Mattos – head de Coprocessamento da ABCP

José Eduardo – CEO da Cimento Nacional

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