Investimentos em habitação estimulam a retomada da indústria do cimento
As mudanças nas regras do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), com a aprovação da nova forma de correção do FGTS, além de possibilitar o acesso a moradias a milhares de famílias brasileiras, em especial as de baixa renda, deve impactar positivamente na retomada da indústria da construção civil.
Desde a volta do programa em 2023, mais de 750 mil unidades habitacionais foram financiadas, movimentando quase 150 mil empresas envolvidas na cadeia da construção, de habitações e obras de infraestrutura, além de fornecedores de materiais, máquinas e equipamentos, que empregam diretamente, em torno de 2,2 milhões de pessoas.
A meta estabelecida pelo governo federal para o programa Minha Casa, Minha Vida é de 2 milhões de moradias até 2026. Para que as obras sejam entregues dentro do prazo previsto, o mercado busca soluções que possam reduzir custos, evitar desperdícios, integrar processos e eliminar etapas e, por consequência, acelerar a construção dos conjuntos habitacionais em todo país.
Os empreendimentos que utilizam alvenaria estrutural com blocos de concreto, estes produzidos em fábricas estabelecidas e com selo da qualidade, ou paredes de concreto moldadas no local da obra, têm ganhado destaque devido à economia, agilidade, competitividade e ao trabalho que a indústria brasileira do cimento tem feito, em parceria com outras entidades da cadeia produtiva, de engajamento e capacitação dos profissionais e empresas da construção civil.
Dentre os benefícios dessas tecnologias está a padronização e velocidade de construção, permitindo às construtoras abraçarem projetos com prazos apertados e alta repetitividade.
Os sistemas construtivos à base de cimento apresentam algumas vantagens em comparação aos convencionais, como menor tempo de execução devido à alta produtividade e à industrialização (chega a ser um terço mais rápido), racionalização com a redução na geração de resíduos (em até dois terços), colaborando para a sustentabilidade, e diminuição de custos em até 15%.
Todas essas vantagens reforçam a importância do cimento como insumo indispensável para a retomada dos investimentos habitacionais e de infraestrutura.