Morre Paulo Mendes da Rocha
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha, um dos ícones da arquitetura brasileira e mundial, morreu neste domingo, 23/05, aos 92 anos
“Foi um poeta da forma. Perdemos o arquiteto do concreto flutuante.” (arquiteto Henrique de Carvalho, Tanta Arquitetura)
Formado em arquitetura e urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (Mackenzie), em 1954, Paulo Mendes da Rocha tornou-se um dos expoentes da geração de arquitetos modernistas liderada por Vilanova Artigas, por meio de quem tornou-se professor da FAU-USP. Participou de aproximadamente 320 projetos. Entre suas obras mais renomadas destacam-se: a reforma da Pinacoteca do Estado de São Paulo, o projeto do Museu da Língua Portuguesa, a reforma da Estação da Luz, o Centro Cultural Sesc 24 de Maio e o Museu Brasileiro da Escultura (MUBE), todas em São Paulo.
Tendo o concreto armado como matéria-prima predominante, embora não exclusiva, vários de seus projetos são caracterizados pelo destaque a elementos estruturais e por uma configuração espacial formada por pórticos e planos, caso do MUBE (1995), da sua própria residência (Casa Paulo Mendes da Rocha, 1964), ambos em São Paulo, e do Museu Nacional dos Coches, em Lisboa (2015).
Ao longo de sua vida, o arquiteto foi homenageado com diversas distinções internacionais, entre elas o Prêmio Mies van der Rohe (2001), Prêmio Pritzker (2006), Leão de Ouro da Bienal de Arquitetura de Veneza (2016), Praemium Imperiale (Japão) (2016), Medalha de Ouro do RIBA (Royal Institute of British Architects) (2017) e Medalha de Ouro da UIA (União Internacional do Arquitetos) (2021).
Pouco antes de morrer, Paulo Mendes da Rocha doou todo o seu acervo à Casa da Arquitectura em Portugal (leia mais)