Roadmap Tecnológico do Cimento e Coprocessamento no Norte/Nordeste
A ABCP e o SNIC apresentaram nesta sexta-feita (27/11/2020), em evento virtual com cerca de três horas de duração, o Roadmap Tecnológico do Cimento e Coprocessamento para os principais stakeholders do setor nas regiões Norte e Nordeste do País, público formado especialmente por associadas, empresas da cadeia produtiva do cimento, autoridades públicas e meio técnico e acadêmico.
O encontro foi aberto e encerrado pelo presidente da ABCP/SNIC, Paulo Camillo Penna, e teve no diretor de Comunicação da ABCP, Hugo Rodrigues, o mestre de cerimônias. “Foi um exercício de inteligência que tivemos aqui”, disse o presidente da ABCP e SNIC, que citou os avanços significativos na relação entre indústria, autoridades e universidades e a recente aprovação da Resolução Conama 499/20, que cobriu 95% das proposições do setor.
O projeto Roadmap, elaborado pela ABCP e pelo SNIC com apoio de diversas entidades nacionais e internacionais, traça as principais diretrizes e ações da indústria brasileira do cimento para a redução das suas emissões de CO2 em um horizonte que vai até 2050. O documento já havia sido apresentado em 2019, porém em eventos presenciais, ao Governo Federal, na sede da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), e nas federações da indústria sediadas em Belo Horizonte (Fiemg), Curitiba (Fiep) e São Paulo (Fiesp).
Norte/Nordeste
O evento apresentado em 2020 – via plataforma Zoom e Canal YouTube devido à pandemia – contou com apoio das associadas Apodi, Brennand e Mizu e foi organizado em dois módulos, que trataram, respectivamente, do Roadmap Tecnológico em si e do Coprocessamento, técnica que utiliza o Combustível Derivado de Resíduos (CDR) para abastecer os fornos das cimenteiras, em substituição aos combustíveis fósseis, que são mais poluentes.
O projeto Roadmap foi apresentado pelo coordenador de Meio Ambiente do SNIC, Gonzalo Visedo, no módulo 1, que contou com o painel “Estratégias de Redução de Emissões, Ações já implementadas e Desafios Futuros”, do qual participaram Fabio Cirilo (Votorantim Cimentos), Seiiti Suzuki (InterCement), Marco Aurélio da Silva (Apodi) e Arnaldo Battagin (ABCP), sob mediação de Marcelo Pecchio, responsável pelo Laboratório de Mineralogia da ABCP.
Aberto pela especialista em coprocessamento Antonia Jadranka Suto (ABCP), a quem coube expor a “Evolução do Coprocessamento e o Novo Ciclo de Crescimento”, o módulo 2 trouxe a debate o painel “Desafios e Oportunidades para a Recuperação de Resíduos Sólidos”, moderado pelo gerente de Relações Institucionais da Associação, Mário William Esper. Participaram deste painel: Alcindo Chruscielski (Mizu), Nelson Viana (LafargeHolcim) e Pedro Carvalho (Brennand).
A etapa de encerramento contou com as palavras de Gilvan Dias, presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente do Sergipe (Adema), e Paulo Henrique Lustosa, secretário executivo de Saneamento do Governo do Estado do Ceará, além do presidente Paulo Camillo, que fez o lançamento oficial do posicionamento da indústria do cimento sobre a precificação do carbono no País. Paulo Camillo lembrou que o SNIC acompanha e participa, como membro do Comitê Consultivo, do Projeto PMR – Brasil (Partnership for Market Readiness), parceria entre o Ministério da Economia e o Banco Mundial, que avalia a conveniência de implementação de um sistema de precificação de carbono no País. O projeto, com duração de cerca de quatro anos, deve ser concluído em fins de 2020.
Assista aqui a íntegra do evento.