Rodoanel de São Paulo
ABCP participa da maior obra viária da América do Sul
Inaugurado em 30 de março, em São Paulo, o trecho sul do Rodoanel Mário Covas liga as rodovias Anchieta e Imigrantes – além da região do ABC – às rodovias Régis Bittencourt, Raposo Tavares, Castelo Branco, Bandeirantes e Anhanguera, estas últimas já interconectadas pelo trecho oeste desde outubro de 2002. Com a conclusão deste novo trecho, uma das obras mais esperadas dos últimos anos, a expectativa é de reordenar o transporte de veículos de cargas da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), facilitando seu escoamento até o porto de Santos sem passar pela capital paulista.
Com sua equipe de engenheiros especializados em pavimentação, a ABCP assessorou e acompanhou toda a execução da obra, durante 35 meses. “Foi uma obra complexa, com grandes desafios de engenharia, entre eles, as duas pontes sobre a represa Billings, feitas em concreto, uma de 685 metros e outra de 1.755 metros, que representam mais de 8% da obra”, comenta Ronaldo Vizzoni, gerente de Infraestrutura da ABCP.
O novo trecho, cujos 61,4 km de extensão devem receber mais de 72 mil veículos/dia, abriga 134 obras de arte – pontes, viadutos e passagens inferiores e superiores –, que representam 20 km de construções em concreto. A obra consumiu 348 mil m3 de concreto moldado, o suficiente para erguer 115 prédios de 20 andares cada. Além disso, um terço do novo trecho da rodovia tem pavimento de concreto, equivalente a 620 mil m2, distribuídos em placas com espessura de 24 cm.
Solução duradoura
A pavimentação em concreto do Rodoanel foi projetada para uma oferecer elevada vida útil, mesmo sob condições de tráfego pesado e constante, sendo por isso considerada a alternativa mais econômica para países como o Brasil. Segundo o Banco Mundial, cada dólar investido em uma estrada de concreto corresponde a uma economia de três dólares em custo operacional.
Dados da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) revelam que de 1,7 milhão km de extensão da malha rodoviária nacional, pouco mais de 165 mil km estão pavimentados. Desse total, 24% encontram-se em péssimo estado. Considerando que apenas 4% da malha nacional receberam pavimento de concreto, pode-se concluir que há uma enorme frente para o aproveitamento do concreto na recuperação e ampliação das estradas brasileiras, principalmente nas vias de tráfego pesado. “No Brasil, por cerca de uma década foi possível ampliar de 2% para 4% a presença do pavimento de concreto na malha nacional pavimentada, graças ao dedicado e intenso trabalho da ABCP”, acrescenta Vizzoni.