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21/01/2025Posts ABCP-SNIC (pt-en-es), IMPRENSA

Setor prevê crescimento de 1% em 2025

O cenário econômico, marcado por incertezas fiscais do governo, inflação projetada acima do teto da meta, aliado com a trajetória de alta de juros, endividamento e inadimplência, indica que a taxa de crescimento do consumo de cimento será menor em 2025 do que foi em 2024.

A majoração da Selic deve ampliar a concorrência dos ativos financeiros frente aos ativos imobiliários. Ainda assim, a indústria brasileira do cimento espera crescer em torno de 1% este ano, influenciada em parte pelos avanços em projetos de infraestrutura e desenvolvimento urbano, principalmente nas áreas de habitação e saneamento.

No segmento habitacional, o sistema construtivo Parede de Concreto é uma solução para programas como o Minha Casa, Minha Vida (MCMV), por trazer como benefícios padronização e velocidade de construção – três vezes mais ágil do que o sistema convencional -, permitindo que as empresas o utilizem em projetos com prazos apertados e alta repetitividade. Caso se confirme a previsão de entrega, pelo MCMV, de 500 mil unidades em 2025, o consumo estimado de cimento será da ordem de 2,5 milhões de toneladas.

Em relação aos investimentos previstos em infraestrutura de transporte, vale lembrar que o Brasil possui aproximadamente 1,72 milhão de quilômetros de estradas e rodovias, o que representa a quarta maior malha viária do mundo. Por outro lado, há um dado que preocupa: somente 12,4% dela é pavimentada.

O Ministério dos Transportes apresentou diretrizes para alocação de recursos em contratos de concessão rodoviária que visam mitigar as emissões de gases do efeito estufa (GEE) e impulsionar a transição energética do setor. Entre outras medidas, a portaria MT 622/2024 estabelece que as concessionárias deverão adotar métodos construtivos e tecnologias com menores emissões de GEE.

O pavimento de concreto vai justamente ao encontro dessa portaria. É uma solução mais econômica, com longa durabilidade, sustentável – por ser altamente engajada com a diminuição das emissões – e reduz o consumo de combustível e pneus. Além disso, contribui para reduzir as ilhas de calor e ampliar a luminosidade das rodovias.

No que tange às soluções para as cidades, o setor segue apoiando os municípios brasileiros com sistemas construtivos que atendam às necessidades locais por infraestrutura e tragam melhorias a favor da mobilidade urbana, saneamento, espaços públicos e habitação.

O setor de saneamento prevê a retomada de concessões e a expectativa é de que novos projetos para 2025 possam acrescentar mais 72,4 bilhões de reais em investimentos. Com isso, as projeções do SNIC (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento) apontam para um crescimento da demanda do insumo.

A expectativa em 2025 é de alta, desde que se efetivem programas com ênfase na habitação, no saneamento e na logística.

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