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09/04/2019IMPRENSA, Noticias, São Paulo

Vendas de cimento crescem 1,3% no primeiro trimestre do ano

As vendas de cimento no Brasil registaram um total de 12,7 milhões de toneladas no primeiro trimestre de 2019, de acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), um aumento de 1,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. No mês de março, os resultados atingiram 4,1 milhões de toneladas, uma queda de 6,6% comparada com o mesmo mês de 2018, influenciado, principalmente, pela menor quantidade de dias úteis, 21,5 contra 23,5.

Já nos últimos 12 meses (abril de 2018 a março de 2019), as vendas acumuladas atingiram 53 milhões de toneladas de cimento, uma redução de 0,1% em comparação com o mesmo período anterior (abril de 2017 a março de 2018).

Segundo Paulo Camillo, presidente do SNIC, o resultado do trimestre veio ligeiramente acima das projeções. “O desempenho de março foi melhor do que o esperado, com isso o resultado do trimestre encontra-se entre os nossos cenários de referência e otimista. Os indicadores de financiamento imobiliário continuam avançando, o que nos deixa otimista para projetar um crescimento de aproximadamente 3% no ano”, completa o executivo.

Consumo aparente e importação

O consumo aparente de cimento no trimestre, que compreende as vendas internas mais as importações, totalizou 12,7 milhões de toneladas, um aumento de 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Ao comparar o acumulado nos últimos 12 meses (abril de 2018 a março de 2019), a queda no consumo atingiu 0,3% em relação ao mesmo período anterior (abril de 2017 a março de 2018).

Roadmap Tecnológico do Cimento

Na última quarta-feira (03/04/2019), o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) e a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) realizaram em Brasília o lançamento do Roadmap Tecnológico do Cimento, documento que traça as principais ambições e diretrizes para a redução de quase 35% das emissões de carbono da indústria cimenteira do Brasil até 2050.

O estudo propõe alternativas para reduzir, ainda mais, as baixas emissões de CO2 da indústria nacional de cimento. Mais do que isso, identifica barreiras e gargalos que limitam a adoção de políticas públicas, regulações, aspectos normativos, entre outros, capazes de potencializar a redução das emissões.

Para alcançar essa meta desafiadora, foram reunidas no mapeamento medidas que se concentram em quatro principais pilares: adições e substitutos de clínquer (produto intermediário do cimento), por meio do uso de subprodutos de outras atividades; combustíveis alternativos, com a utilização de biomassas e resíduos com poder energético em substituição a combustíveis fósseis não renováveis; medidas de eficiência energética, mediante investimentos em linhas e equipamentos de menor consumo térmico e/ou elétrico; tecnologias inovadoras e emergentes, por meio da pesquisa e desenvolvimento em tecnologias disruptivas, como a captura de carbono.

“Esse estudo analisa e propõe uma série de medidas capazes de acelerar a transição do setor rumo a uma economia de baixo carbono e ajuda a indústria a enfrentar um enorme desafio: produzir o cimento necessário ao desenvolvimento do país, buscando ao mesmo tempo reduzir ainda mais as suas emissões”, afirmou o presidente.

A indústria desenvolveu este roteiro em colaboração com a Agência Internacional de Energia (IEA), Iniciativa de Sustentabilidade do Cimento (CSI) do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), International Finance Corporation (IFC) – membro do Banco Mundial – e um grupo de acadêmicos de universidades e centros de pesquisa do país.

 

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