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29/08/2011Banco de pautas, IMPRENSA

Métodos construtivos industrializados ampliam capacidade do setor

Sem esbarrar na falta de mão de obra qualificada, os sistemas antecipam o retorno do investimento e permitem cumprir prazos mais estreitos

Um gargalo conhecido da alvenaria artesanal, tijolo a tijolo, é a escassez de mão de obra. Em tempos de economia aquecida, construtoras concorrem com projetos públicos de infraestrutura e o aumento na demanda por empregados especializados pressiona os custos de contratação. Como resultado, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) sobe, a margem de lucro dos empreendimentos fica achatada e os imóveis para o consumidor final encarecem.

Sem esbarrar na falta de mão de obra qualificada, os sistemas industrializados de construção, como os pré-moldados, os pré-fabricados, o concreto usinado moldado in loco, racionalizam recursos humanos e são muito mais rápidos na hora de construir.

Segundo o engenheiro e gerente regional da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Ricardo Moschetti, o sistema de pré-fabricados, por exemplo, permite que lajes, vigas, paredes e escadas saiam prontas da fábrica direto para o canteiro de obras. No caso do concreto moldado in loco, a uniformidade é maior e o controle da qualidade muito mais eficaz se comparado ao sistema artesanal. “Com sistemas industrializados, o processo de construção é mais rápido e enxuto. Além de tornar racional o uso da mão de obra, a utilização desses sistemas permite o retorno antecipado do investimento, pois é acelerada a velocidade de execução do cronograma. Outros benefícios incluem a diminuição de resíduos, menor perda do concreto, facilidade no gerenciamento do projeto e o fato de os sistemas evitarem incorreções na compra de materiais”, afirma.

 

Métodos construtivos industrializados

Uma obra que faz uso de sistemas industrializados substitui a construção tijolo a tijolo e, diferentemente da construção artesanal, permite customização. Isso significa prever entradas e saídas para instalações hidráulicas, elétricas e de ventilação. “Veja o caso dos pré-fabricados. O material é carregado e entregue no canteiro, para montagem, reduzindo a necessidade de contratação de pessoal”, diz Moschetti.

Os sistemas industrializados podem ser aplicados em prédios multipavimentos, grandes construções ou mesmo projetos que envolvem escala, como habitações de interesse social.  “Recentemente, a ABCP, em parceria com a prefeitura de São Luiz do Paraitinga – cidade a 178Km de São Paulo – e a Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano (CDHU), conduziu um projeto para a construção de casas em concreto moldado in loco (concreto PVC – tecnologia que utiliza fôrmas em PVC), dada a urgência de erguer moradias em tempo recorde para a população desabrigada das enchentes”, informa Moschetti. O engenheiro destaca que algumas das tecnologias industrializadas permitem erguer uma casa nos padrões do “Minha Casa, Minha Vida” em três horas, com a mão de obra de três homens.

“Métodos construtivos industrializados liberam mão de obra, em vez de demandá-la nos mesmos patamares da construção artesanal. Os sistemas também ditam um ritmo acelerado do trabalho da equipe e impõe uma velocidade ao cronograma de execução do projeto, aumentando a produtividade da obra”, destaca o gerente da ABCP. Um outro ponto positivo é poder aferir, com precisão, o custo do material aplicado, haja vista a diminuição do desperdício.

 

Sobre a ABCP

A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) é uma entidade sem fins lucrativos, mantida pela indústria brasileira do cimento, que há 75 anos promove estudos sobre o cimento e suas aplicações. Reconhecida nacional e internacionalmente como centro de referência em pesquisas da construção, a ABCP também atua no desenvolvimento de tecnologias sobre o concreto e mantém uma equipe de profissionais graduados à disposição do mercado, para treinamentos, consultoria e suporte a grandes obras da engenharia brasileira. Tudo isso para garantir a qualidade e as boas práticas do produto que representa.

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